Quem trabalha ou busca uma carreira na área de Moda está cheio de perguntas. Muitas e muitas mudanças. O calendário mudou. As estações foram quebradas.
Data
21 agosto 2017
Quem trabalha ou busca uma carreira na área de Moda está cheio de perguntas. Muitas e muitas mudanças. O calendário mudou. As estações foram quebradas.
Pensando nisso tudo, para trazer reflexões e respostas, vem aí o Modacamp. O evento foi criado em uma parceria do Instituto Europeu de Design – IED Milão com o IED São Paulo, com a participação de várias empresas, e já está em sua 6 a edição. Este ano traz o tema “Realizadores”. Imagine um encontro entre quem faz negócios, criação, estilo, conteúdo e promove experiências na Moda brasileira. O Modacamp é bem assim. E o público participa das discussões e trocas de experiências, lado a lado com alguns dos maiores nomes da área. É um encontro para dar uma parada, trocar ideias e se inspirar. Vai rolar no IED São Paulo, uma faculdade internacional de Design e Moda, que fica em Higienópolis. Será nos dias 29 e 30 de agosto, das 14h às 20h30. O evento é gratuito, com vagas limitadas. As inscrições e a programação estão em http://iedm.io/modacamp-2017.
Quem vai?
André Hidalgo, o cara que criou a Casa de Criadores e foi o responsável pela revelação de alguns dos mais importantes talentos da Moda nacional, responde se “só a criatividade salva”. Paulo Pedó, diretor da Melissa, da Grendene, acredita que as marcas devem conectar pessoas e fala do Mood in Brazil, nosso jeitinho exportação. Luiz Wachelke, coordenador de estilo da Ahlma, discute os nichos e novos mercados. Caline Migliato, marketing da Dafiti, responde “o que já deu e o que vai dar em conteúdos de Moda”. Carolina Vasone, editora de beleza da Elle, questiona os padrões e aponta mudanças. Isso para citar alguns nomes. Mas tem muito mais! Amaro, Google Moda, Ben, Diem, Diwo, Fashion Revolution, Moda Inclusiva, startups etc.
Convidados especiais
Elio Fiorucci, Costanza Pascolato, Almir Slama, Jum Nakao e Ronaldo Fraga já receberam o Prêmio Ícone da Moda, concedido anualmente pelo IED. Em 2017, durante o Modacamp, é a vez de Carlos Jereissati Filho se juntar a essa constelação de grandes nomes.
O CEO do Grupo Iguatemi ajudou a trazer importantes marcas internacionais ao país e a consolidar o mercado de luxo, fomentando o empreendedorismo, investindo na qualificação de pessoas e no aprimoramento da experiência do consumidor. Por isso será homenageado.
Rony Meisler é CEO do Grupo Reserva, “muito mais uma empresa de comunicação de marca do que uma empresa de moda”, “uma empresa de pessoas que vendem roupas”. Ele acredita no poder da rebeldia e falará de propósito, palavra que todo mundo carrega e busca entender ao mesmo tempo.
Quais as tendências?
Esqueça aquele papo raso sobre looks e cores passageiras. O Modacamp, sem ser chato, está todo baseado no papo da Indústria 4.0, ou seja, de olho no futuro da Moda e não tentando justificar os modelos do passado.
Conheça algumas das principais macro-tendências que vão estar na pauta do evento:
Ultrassegmentação com propósito
Proliferação de marcas de nichos que atendam à diversidade de públicos, como gestantes, pets, portadores de necessidades especiais, veganos, dentre muitos outros. Esse modelo coexistirá com os grandes grupos de varejo, especialmente nas metrópoles. A ultrassegmentação está intimamente ligada a negócios com mais propósito e identificação com a história de vida e valores dos empreendedores.
Negócios Figitais
Não está escrito errado. É isso mesmo. A palavrinha “figital” é uma combinação dos termos “físico” e “digital”. A marca começa no online e termina no mundo real e vice-versa. Ou seja, digital e físico devem ser uma coisa só. O conceito revoluciona o ponto de venda e muda a lógica do marketing e construção de marcas, apenas para citar algumas implicações.
Cultura Maker & Artesanato Digital
A democratização dos meios de produção possibilita a fabricação de itens em baixa escala a preços competitivos, realidade que abre espaço para marca menores entrarem no mercado. A chamada cultura maker, ou “faça você mesmo”, reflete a junção das técnicas manuais com a tecnologia, estabelecendo uma espécie de artesanato digital.
Inovação Criativa = Big Data + BI x Sensibilidade Humana
O fator humano é cada vez mais importante, apoiado na capacidade de análise e processamento de grandes massas de dados a partir das tecnologias de Business Intelligence (BI). As estatísticas são capazes de oferecer parte das respostas, mas como transformá-las em produtos cada vez mais será tarefa dos criativos.
Flexibilização do Padrão de Beleza
Cada vez mais a diversidade nos leva a aceitar um conceito de beleza mais abrangente e menos massificado. Um reflexo imediato são as campanha multiétnicas. Até Hollywood já vem adotando padrões diferentes de protagonistas, atendendo a públicos mais diversificados. A indústria da beleza amplia a oferta de produtos para diferentes tipos de peles, os acessórios ganham inspiração multicultural.
Afinal, a Moda saiu de Moda ou é um recomeço? O que você acha? Venha participar do Modacamp 2017 no IED São Paulo – http://iedm.io/modacamp-2017. Fica a dica.