Ano acadêmico
2019/2020
O contexto das grandes cidades e suas perspectivas de futuro caso sejam mantidos os ritmos atuais de crescimento, consumo e descarte sejam mantidos, impõem uma nova relação dos seus cidadãos. Ao invés de entregar soluções ou impor medidas, é importante fazer perguntas para que os cidadãos reflitam; provocar para que pensem e mudem. O olhar como início da reflexão, perguntas como propulsoras de ação e, neste caso, o lixo como elo entre individual e coletivo. Pesquisando a forma como cidadãos entendem sua relação com a cidade, o projeto chama a atenção do olhar para chocar, perguntar, apresentar futuros distópicos, alternativas e, principalmente, a importância da ação no presente. Um marco da cidade (Ed. Copan) feito de lixo, será este o nosso futuro? Ou o lixo como matéria prima?
A execução do projeto foi pautada em seu próprio objetivo: colocar o cidadão como agente na construção da cidade. Por isso, o diferencial foi a utilização, para a construção da maquete, do lixo gerado por 5 pessoas, sendo que entre suas casas está o edifício Copan. Isto para mostrar o quanto nossa ação, ainda que dentro de nossas casas, impacta na construção de nossa cidade. Para embasar o projeto, também foram realizadas: pesquisa quantitativa e entrevistas em profundidade para compreender como os cidadãos enxergam sua relação com a cidade; a participação em projeto que versa sobre o lixo e o estudo de outros projetos que visam impactar o olhar para gerar reflexão e ação.
A relevância do projeto está em provocar para alterar a forma com que cidadãos olham para a cidade e agem para cuidá-la. Ao provocar a relação com as cidades e temas relacionados ao lixo, do início ao fim, ou seja, do consumo ao descarte e em diferentes escalas - dentro das casas, na cidade e no planeta como um todo - produz impacto em toda a cadeia e em relação a diferentes agentes envolvidos: cidadãos, empresas e governos, igualmente responsáveis pelo espaço em que vivem, desde uma bituca de cigarro, até políticas públicas de conscientização. Poderiam ter sido envolvidos outros problemas enfrentados pelo mundo atual, usados outros materiais e construída outra coisa, mas a provocação ainda seria o motor para levar à ação: é preciso olhar e querer olhar para reparar e construir o futuro.