Ano acadêmico

2021/2022

Sabendo que os Pets estão cada vez mais presentes na nossa vida, assumindo um papel de destaque, o Projeto NAKI’O consistiu na criação de uma prótese para cães amputados, visando melhorar a qualidade de vida do animal e, como possível consequência, reduzir a rejeição a esses animais.

O zelo existente pelo bem-estar do PET independe do poder aquisitivo dos tutores. No Brasil, 63% das famílias de classe A e B possuem Pets e os consideram como integrantes da família, número que aumenta para 64% na classe C e 55% na D. Porém, tratamentos e produtos mais caros se tornam inacessíveis para pessoas com menor poder aquisitivo, como as próteses já existentes no mercado. A acessibilidade do produto torna-se, então, necessária. Para isso, o projeto apegou-se ao uso de meios de fabricação mais baratos. 

O fato de muitos dos cães amputados se adaptarem sem uma ou mais patas não significa que não sofram consequências a curto ou longo prazo. O corte cirúrgico para amputações geralmente é alto: no caso de tumores pelo risco de metástase, e no caso de traumas, em razão de a maioria dos veterinários não ter a cultura da prótese.

No mercado, há pouca oferta de próteses para animais nessas condições e as existentes são caras. O projeto NAKI’O procurou criar uma prótese acessível (colete de fixação, extensão, pata e alça) para um cão sem 1 membro dianteiro e sem coto, de grande porte, através dos métodos de codesign e iteração em design, visando a uma locomoção próxima do normal, com melhoria na qualidade de vida do animal, além de comprovar a importância do design para a confecção do mesmo.

A criação da prótese foi fruto de um processo de tentativa e erro (iteração) e do codesign, extremamente perceptível nas trocas com os tutores do animal, gerando melhorias no resultado final do dispositivo.

A prótese do projeto NAKI’O teve um resultado satisfatório, considerando tratar-se de um protótipo passível de melhorias. Por conta do fato de o cachorro selecionado ter uma amputação extremamente alta (sem membro residual; até a escápula foi retirada), a base de contato do corpo com a prótese não possuía um formato favorável para o encaixe da peça, notando-se a necessidade de um material mais resistente do que o que foi usado (PLA).

Outro fator a se considerar é que o tempo de adaptação entre a fabricação da prótese e a entrega do projeto não foi suficiente.

A questão da acessibilidade foi um desafio, mas, através das simulações, foi possível perceber que há a possibilidade de criação de próteses mais acessíveis do que as já existentes no mercado.